O G1 conversou com alguns dos trabalhadores da limpeza do Sambódromo a Sapucaí e descobriu que que há entre eles roqueiro, veteranos, musas e motoristas.
No intervalo entre cada desfile, os garis entram na avenida e colocam tudo em ordem para a passagem da escola seguinte. Em média, eles recolhem 25 toneladas de lixo por noite de carnaval do Grupo Especial. Durante os desfiles da série A, foram retiradas 19 toneladas de lixo a cada noite. Aplaudidos pelo público, eles são apenas a ponta mais visível de uma estrutura de 507 profissionais.
O roqueiro
Rodrigo Márcio de França Cavalcante, de 37 anos, gosta mesmo de rock, mas não dispensa a alegria trazida pelos outros ritmos e diz gostar de trabalhar no carnaval. Com um moicano verde, ele chama a atenção por onde passa.
“Toda hora me pedem selfie. É bacana. Tem os que falam uma gracinha, mas a maioria curte, porque sabem que tem que ter coragem para ter um visual desses. É o meu estilo”, afirmou o gari.
Rodrigo contou que já teve cabelo grande, foi careca, usou cavanhaque e trancinha. Nas experimentações, chegou ao moicano e agradou aos filhos, um menino de 13 anos e uma menina de 4. A cor do moicano é trocada a cada dois meses. Já foi azul, roxo e vermelho antes do atual verde. A próxima cor é laranja, promete ele, para combinar com o uniforme.
Ele destacou que sua vida é embalada por Guns n’ Roses, Metallica e Nirvana, suas bandas favoritas.