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Inferno no abre-alas do Salgueiro promete mexer com o público

O Acadêmicos do Salgueiro abriu seu barracão para a imprensa e o primeiro contato foi de impacto. Consciente dos problemas que o afastaram do título em 2016, a Academia do Samba leva uma proposta nova de alegorias para seu desfile de 2017. Os carros estão imensos na vertical. O abre-alas vem imponente, na cor vermelha, e causará um grande impacto nos primeiros minutos de desfile.
– Essa ideia nasceu da cabeça do Renato e da Márcia, a empolgação vem desde o dia do lançamento até agora que estamos a poucos dias. Deixou muita gente com pulga atrás da orelha. Vamos fazer um paralelo entre o carnaval carioca e a Divina Comédia do Dante. Existe um conto do João do Rio que fala sobre o “inferno no carnaval” e vamos pegar esse espírito. Começamos na barca de Dante que navega no rio de tentações que será o desfile – afirmou o diretor cultural da escola, João Gustavo Melo.



A mandatária da vermelho e branco explicou sobre o orçamento do carnaval, mas não confirmou o valor exato, pois ainda está fechando as contas.
– Nosso orçamento gira em torno de R$ 10 milhões. Não vou confirmar porque ainda tenho contas a pagar, talvez ultrapasse – afirmou.



Regina Celi aproveitou o momento para falar sua opinião do modo que o carnaval está sendo avaliado.
– Carnaval são quesitos e quesitos. Duas pessoas dando 40 pontos é um absurdo, por exemplo. Comissão de frente tem 15 pessoas que não podem errar, caso contrário prejudicam a escola. Graças a Deus esse ano não somos favoritos, é melhor porque quando colocam a gente na briga não ganhamos – com bom humor, a presidente acrescentou: – Ano passado não colocamos que a praça seria de noite e por isso fomos penalizados. Para esse ano mudamos o fornecedor de iluminação. Não que o outro seja ruim, mas preferimos mudar. Contratamos um que tem experiência em LED e já trabalhou conosco em 2015, fez o manto de Nossa Senhora.
O carnavalesco Renato Lage concordou e desabafou sobre as justificativas dos jurados que não dizem ‘nada com nada’.
– Nós entamos sempre nos superar em algo, para evoluirmos nisso depende do estado de espírito e de como o trabalho é feito, não é apenas grana. A felicidade depende muito de onde você está e o que está fazendo. A nossa tragetória no Salgueiro é muito boa, fomos campeões em um carnaval, e outros que poderíamos ter disputado. Mas jurado é muito complexo. O que nós propomos é um carnaval diferente e melhor do que o outro. Se conseguimos ou não é questão do ano. As justificativas deles não te dá parametro de nada, estou cansado dessas justificativas que são dignas de insanidade.
Márcia Lage aproveitou o momento e também criticou os moldes de julgamento.
– O carnaval nasceu torto e cresceu para ser torto e irreverente. Temos hoje uma precisão cirúrgica no carnaval que perde a espontaneidade. Ficou tudo muito sério e por isso o ensaio técnico acabou se tornando uma grande festa, assim como o desfile das campeãs. Volto a dizer que o julgador precisa justificar a nota 10 também. E tem que parar essa justificativa de que ‘faltou um algo a mais’. Que algo a mais é esse? Ano passado falaram que a escola tinha excesso de vermelho e branco. Não dá pra levar isso como parâmetro.
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