Preços variam de R$ 800 a R$ 1.600, em média. Depois de quatro anos, Grande Rio abre quatro alas comerciais.
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| Depois de quatro anos, Grande Rio cria quatro alas comerciais, como a 'Festa do povo do gueto' (Foto: Divulgação/ Acadêmicos do Grande Rio) |
Em tempos de crise, é sempre bom programar as compras com antecedência e, se possível, com parcelamentos para não doer no bolso. Por isso, as alas comerciais das escolas de samba do Grupo Especial já estão comercializando fantasias com preços que variam, em média, de R$ 800 a R$ 1.600.
Pode até parecer caro, mas Guezinha, responsável pela ala Au-Au-Au, da Mangueira, conta que já vendeu todas as 50 unidades que tinha disponíveis a R$ 1.500. E isso, a cerca de três meses do carnaval. Mas outras alas com a mesma fantasia - Padre Cícero – ainda têm peças para vender.
“Neste ano, como houve diminuição do tempo de desfile, o número das alas também foi reduzido. No carnaval passado, tinha sob minha responsabilidade cem fantasias. Neste, cada ala ficou com 50. Mas outras duas alas com a mesma fantasia ainda têm peças disponíveis. Não é porque a Mangueira foi campeã em 2016 que a venda é rápida. É porque é a Mangueira. Todo mundo quer desfilar e de preferência com as cores verde e rosa”, explica a coordenadora de ala.
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| Salgueiro tem 12 alas comerciais; fantasias podem ser vistas no site da escola (Foto: Reprodução/ Acadêmicos do Salgueiro) |
A Grande Rio desfilou durante quatro anos sem alas comerciais. Mas, para o carnaval de 2017, atendendo a inúmeros pedidos de fãs de Ivete Sangalo - enredo da escola - e de moradores de Duque de Caxias, que sempre quiseram desfilar, mas não conseguem ir a todos os ensaios, abriu quatro alas comerciais.
O professor Joaquim Horário de Souza Filho, desde 1990 na Grande Rio, diz que ainda existem fantasias “Festa do povo do gueto”, da Ala Tuiuiú, dentre as 120 previstas. E que o preço, segundo ele, está entre os mais convidativos entre escolas do Grupo Especial: R$ 1 mil. Quem quiser comprar agora pode parcelar a compra em cinco vezes, até o carnaval.
“Apesar da crise, estou vendendo bem. A Ivete tem uma aceitação muito grande junto ao público e tem gente do Brasil todo querendo desfilar. Tem escola que fica preocupada com o canto, mas quando o samba é bom, o folião quer participar, quer fazer bonito”, explica Joaquim, que gosta de confeccionar fantasias para alas para se “sentir parte da maior festa popular do mundo”.
Na União da Ilha, o folião pode encontrar fantasias ainda mais em conta. Como conta Maurício Miranda, da Ala Solidariedade, que em 2017 vai desfilar com a fantasia “Reservatórios do planeta”. Ele diz que, por causa da crise financeira que o país atravessa, buscou baratear ao máximo o custo da indumentária, que sai a R$ 800 e pode ser parcelada em três vezes.
“Todo mundo está sentindo os efeitos da crise. Mas quem gosta realmente de carnaval sempre dá um jeitinho de desfilar. Pesquisamos muito para baratear o preço da fantasia e oferecer um preço atraente para o componente. Nosso preço está abaixo da média. A União da Ilha é uma escola muito querida e sempre tem gente querendo fantasia para desfilar”, diz Miranda, que acredita que não terá dificuldades para vender todas as fantasias.
Mas não é em toda escola que se consegue chegar, pagar e sair desfilando. A Unidos da Tijuca, por exemplo, doa todas as fantasias para a comunidade, isto é, componentes que vão regularmente aos ensaios na quadra. O mesmo acontece na Paraíso do Tuiuti e na São Clemente, que, por enquanto, ainda não abriram alas comerciais. Já a Beija-Flor, que sempre desfilou privilegiando a participação da comunidade, abriu quatro alas comerciais.
Quem não quiser ficar de fora da avenida pode ver as fantasias de alas comerciais e pegar o contato para negociar pagamentos com os responsáveis.
Unidos de Vila Isabel: dez alas comerciais (ACESSE)
Acadêmicos do Grande Rio: quatro alas comerciais (ACESSE)
Portela: cinco alas comerciais (ACESSE)
(FONTE: G1)
