O acerto foi anunciado nesta quarta-feira, e não é apenas uma reverência a uma personalidade do carnaval, dona de quatro títulos da principal divisão da festa: Barros iniciou sua trajetória na folia dentro da escola. Em 1993, foi figurinista da Vizinha Faladeira, quando a escola apresentou, também pela Série B, o enredo "Um ser criança". No ano seguinte, estreou como carnavalesco, com o enredo "Sou um rei, sou rainha, na corte da Vizinha", que conduziu a azul, vermelho e branco ao vice-campeonato e ao acesso à Série A.
Em 1995, a agremiação da Zona Portuária não encontrou dificuldades para permancer no grupo superior. Com o enredo "O relicário do samba", ficou com a sexta posição. A escola, que enfrentou uma crise profunda na última década, vive agora uma escalada de ascensão. Em 2015, foi campeã do grupo D. Em 2016, venceu a C e, esse ano, apesar de um desfile muito elogiado pela crítica especializada, foi apenas a sétima colocada da Série B, como o enredo "A última do português: aquela que nem Camões contaria".
O presidente David dos Santos entende que o carnavalesco é um dos orgulhos da histíoria da Vizinha Faladeira.
— Paulo Barros a crescer aqui dentro, e revolucionou o carnaval. Temos muita satisfação de contar essa história, e o campeonato conquistado por ele com a Portela reforça isso. Mexeu com as estruturas do carnaval carioca. Ele recebeu muito bem a iniciativa e ficou muito emocionado, justamente por ter começado aqui. Foi um orgulho extra para ele — afirma.
Integram ainda a Série B e desfilarão com a Vizinha Faladeira no próximo carnaval as seguintes escolas: Arame de Ricardo, Acadêmicos do Engenho da Rainha, Acadêmicos de Vigário Geral, Lins Imperial, Tradição, União do Parque Curicica, Unidos do Cabuçu, Unidos da Ponte e Unidos do Jacarezinho.