Sem tirar um único 10 no julgamento de 2017, o que afastou a Grande Rio da disputa pelo título, a bateria Invocada teve conhecimento através da divulgação das justificativas das notas dos julgadores do que de fato pode ter comprometido o desfile da escola.
De acordo com os julgadores, os surdos de terceira foram os vilões do desfile. Jorge Gomes, no primeiro módulo de julgamento, ressalta a dificuldade com a sonoridade nos surdos de terceira da bateria comandada por Thiago Diogo. A nota foi 9,8.
– Apesar do maior número de caixas e repiniques não houve sincronia rítmica entre estes instrumentos no final da bateria, resultando em som embolado em alguns momentos. Faltou surdo de terceira, com pouca sonoridade. O andamento variou muito entre o refrão e versos da música, o que levou ao desencontro entre caixas e repiniques várias vezes – explicou.
As baterias não são obrigadas a fazerem apresentações oficiais para os módulos de julgamento. Entretanto o julgador Sérgio Naidim penalizou a escola por não desenvolver nenhuma paradinha em seu campo de audição.
– A bossa do baião foi feita um pouco distante do módulo, ou seja, em termos comparativos não houve tanta criatividade. Não ouvi surdos de terceira o suficientemente fortes – justificou o 9,9.
Imprecisão dos surdos foi o motivo de outra 9,9 na cabine dupla de julgamento. Posicionado no terceiro módulo, Claudio Luiz Matheus, justificou assim a sua nota.
– Na convenção entre tamborins e surdos do trecho “e lá vou eu” a resposta dos surdos soa imprecisa – sacramentou.
A sonoridade dos surdos de terceira também não agradou ao julgador Philipe Galdino, posicionado no quarto módulo de julgamento, conforme ele explica em sua justificativa para mais um 9,9.
– O andamento muito acelerado prejudicou a Invocada. Faltou uniformidade nos naipes agudos. Sonoridade dos surdos de terceira poderia estar mais presente – definiu.
FONTE: CARNAVALESCO