-->

Navigation-Menus (Do Not Edit Here!)

Cinco das 13 escolas de samba já têm enredo para 2018

BEIJA-FLOR 2017 / FOTO: DIVULGAÇÃO
Os tambores começam a rufar na Marquês de Sapucaí. Cinco das 13 escolas do Grupo Especial já anunciaram seus enredos para o carnaval de 2018. A mais recente foi o Salgueiro, que revelou em feijoada na quadra da agremiação, na Tijuca, no último domingo, que contará a história das matriarcas negras, sob o título de “Senhoras do ventre do mundo”.
— É algo que tem muito a ver com a história da agremiação, que sempre foi voltada para os valores da cultura negra. O Salgueiro foi uma das primeiras escolas a enaltecer uma mulher negra, Xica da Silva, em 1963 — destaca o carnavalesco Alexandre Louzada, que assumiu a vermelha e branca após 15 anos de reinado de Renato e Márcia Lage, agora na Grande Rio.
A Paraíso do Tuiuti também virá com um enredo com pegada africana: “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”. A ideia do carnavalesco Jack Vasconcelos, autor do tema, é usar como gancho os 130 anos da promulgação da Lei Áurea:
— Tenho a impressão de que a nova geração romantiza muito a questão da escravidão, acha que ficou no passado e que é uma coisa que pertence aos livros de história. As pessoas não percebem que está no nosso dia a dia. Vemos grandes empresas com nomes envolvidos em trabalho escravo, costureiras trabalhando por um prato de comida, fiscais resgatando pessoas em fazendas em condições subumanas de emprego.
Após homenagear Ivete Sangalo, a Grande Rio fará um tributo ao centenário de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, que será celebrado no dia 30 de setembro deste ano. O enredo será “Vai para o trono ou não vai?”
— Ele é um fenômeno da comunicação no Brasil, entre todas as classes sociais. Era irreverente, alegre, a imagem do carnaval — destaca Renato Lage, que, ao lado de Márcia Lage, estreará à frente da escola de Duque de Caxias.
Com a bênção de Leleco Barbosa, filho do velho guerreiro, os carnavalescos contarão a trajetória do comunicador, nascido na cidade pernambucana de Surubim, que chegou a cursar faculdade de medicina antes de aportar no Rio.
— Stepan Nercessian vai sair de Chacrinha — conta Lage, comentando o retorno de Juliana Paes ao posto de rainha de bateria da escola.
Já a São Clemente relembrará os 200 anos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no enredo “Academicamente popular". A agremiação lembrará a chegada da missão artística francesa ao Rio (em 1816), que revolucionou o panorama das artes no Brasil, ao introduzir o sistema de ensino superior acadêmico.
— Dom João VI tinha o interesse de criar no Brasil uma atmosfera cultural e artística fundamentada nos conhecimentos neoclássicos. A Belas Artes foi criada para ser uma academia de formação cultural e intelectual do novo império — destaca o carnavalesco Jorge Silveira, que terá a missão de substituir Rosa Magalhães na escola de Botafogo.
A Imperatriz Leopoldinense também terá um enredo com inspiração artística: celebrará os 200 anos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que integra a estrutura acadêmica da UFRJ e está localizado no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista.
— Queremos levantar a questão de um patrimônio nacional que está meio esquecido. A imperatriz Leopoldina foi uma das grandes incentivadoras da construção desse museu, então tem tudo a ver com a escola — afirma o carnavalesco Cahê Rodrigues, que defende a escola desde 2013.
Segundo Rodrigues, o enredo oficial da Imperatriz será lançado no dia 12 de junho nos jardins do Palácio, na Quinta.
Postagem anterior
Proxima
Postagens Relacionadas