Enredo: NO VOO MÁGICO DA “ESPERANÇA”, QUEM ACREDITA, SEMPRE ALCANÇA.
ABERTURA
Tudo
é uma questão de fé. A esperança e a caridade são uma consequência da
fé. E essas três virtudes formam uma trindade inseparável. Não é a fé
que sustenta a esperança de se verem cumpridas as promessas do Senhor?
Porque se não tiverdes fé que esperareis? Por conseguinte, que amor?
A fé, divina inspiração de Deus, desperta todos os sentimentos que
conduzem o homem ao bem, é a base da regeneração. Pregai pelo exemplo da
vossa fé, afim de transmiti-las aos homens pelo exemplo das vossas
obras, para que vejam o mérito da fé; pregai pela vossa inabalável
esperança, para que tenham a confiança que fortifica e estimula a
enfrentar todas as instabilidades da vida.
PRIMEIRO SETOR: CONTOS DE ESPERANÇA E MAGIA
Impossível assistir a qualquer conto de fadas sem se emocionar e
refletir sobre a vida. Como seria a vida dos personagens de contos de
fadas se estes vivessem no mundo real? Leia-se, aquele em que vivemos
sem magia. Quando ficção e realidade se misturam literalmente, se
pudesse resumir os contos de fadas em uma palavra certamente seria
“Esperança”. A falta de magia equivale a ausência de amor para nós nos
dias de hoje. Como fazer alguém acreditar em algo tão improvável como a
magia?
Pousada sobre a coroa símbolo da Acadêmicos de Santa cruz, junto com
uma revoada de esperanças, em um lindo chão de estrelas personagens e
lugares mágicos serão o ponto de partida desta história que não nunca
nos deixara perder à esperança e o amor, pois só enxergamos aquilo o que
desejamos ver. “A Terra do Nunca” onde os meninos perdidos jamais
crescem, “o País das Maravilhas” com Alice e o chapeleiro maluco, Oz da
menina Dorothy na Cidade das esmeraldas, “o pote de ouro no fim do
arco-íris” são fantasias onde os votos de esperança são o que mantém
esses contos vivos. De forma semelhante a vida, aprendemos a dar valor a
algumas coisas só depois que as perdemos. Isso quando aprendemos,
porque algumas pessoas cometem os mesmos erros a vida toda. Quantas
mortes ou fins poderiam ser evitados caso as pessoas acreditassem mais
no amor? Talvez pela raridade é considerado a magia mais poderosa?
Perdas também podem ser ganhos. A esperança seja talvez a luz no fim do
túnel.
SEGUNDO SETOR AMULETOS
Somos daquelas pessoas que se sentem imensamente protegidas por
símbolos e amuletos. Eles trazem um tipo de conforto irracional, a força
que temos, mas que parece que não nos pertence, a tal “Esperança”. Ter
na porta de casa um Buda ou usar um pingente das diversas Nossas Senhora
nos leva acreditar que dias melhores virão, a quem não saia de casa sem
antes dar aquela espiadinha no seu horóscopo.
Borboletas dentro de casa, trevo de quatro folhas, figa, ferradura…
São muitos os amuletos que as pessoas costumam usar para se sentirem
protegidas. Para os mais crentes nas virtudes do trevo, quem receber um
de oferta, deverá retribuir e gerar seis trevos novos, multiplicando
assim a sorte para todos os seus amigos e/ou entes mais queridos. A
borboleta é considerada o símbolo da transformação, da felicidade, da
beleza, da inconstância, da efemeridade da natureza, da renovação e até
do espírito imortal, considerada também em vida o que se acreditava
serem os três estágios diferentes da mesma em semelhança com os
diferentes estágios da condição humana exemplo: lagarta crisálida e
borboleta corresponderiam à vida, à morte e à ressureição. A Figa é um
amuleto em forma de uma mão fechada, usada supersticiosamente como um
sinal de proteção contra maus agouros, perigos, má sorte e forças
maléficas muito usada em guias espirituais. E como esquecer do simples
fato de tirar pétala por pétala de uma simples margarida? Mal me quer
bem-me-quer, espera-se sempre que termine assim, é a Esperança.
TERCEIRO SETOR MISTICISMO E RELIGIÃO
A esperança é o estado em que se crê que aquilo que se deseja ou
pretende é possível. Seja a partir de um fundamento lógico ou com base
na fé, quem tem esperança considera que pode conseguir algo ou alcançar
um determinado objetivo.
As pessoas tendem a agarrar-se à esperança quando se encontram em uma
situação complicada. Nesses casos, a Esperança ajuda a não cair na
depressão, já que o sujeito confia que as coisas irão melhorar
rapidamente. Essa confiança age como estímulo e proporciona força e
tranquilidade. Para a teologia cristã, a Esperança é a virtude que ajuda
o homem a ter a confiança de alcançar a vida eterna com ajuda de Deus.
Apelar por crenças religiosas ou místicas é um costume mundial e
principalmente brasileiro. Aquela que quer casar vai a Santo Antônio, é
nas datas das festas juninas que São João e São Pedro também são bem
requisitados com diversas simpatias e promessas. Quem quer pagar dívidas
recorre a Santo Expedito, sem falar na curiosidade sobre tudo do
passado, presente e futuro, aí as ciganas e suas cartas são as mais
procuradas, além claro, do tradicional jogo de búzios. Sem esquecer da
esperança de um ano melhor, aí as oferendas a Iemanjá são as mais
procuradas no início do ano.
QUARTO SETOR: A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE.
A esperança acalma os ânimos e nos faz acreditar novamente, ela não
escolhe classe social, pois é um sentimento que acompanha as pessoas,
não importando credos nem etnias. Até mesmo os ateus pensam dessa forma:
“fiz como lenha da esperança, uma fogueira imensa a queimar eternamente
dentro de mim”.
Não faça da esperança uma muleta, mas sim seu instrumento de
sobrevivência. Ouça a voz da sua consciência pedindo para que tenhamos
esperança fazendo a vida florir pelos campos dos sonhos, pois a
felicidade está logo ali. O que desejamos ao mundo são dias de
tolerância e mesmo que preciso for de algum tipo de amuleto ou tirar a
sorte em um realejo através de um pássaro verde, nunca percamos a fé,
que move todos os melhores sentimentos que possam existir, e ainda que
“a esperança seja a última que morre”, lembra-se: é ela também que nos
dá sentido à vida. Pois o sonho assim como a esperança não pode acabar,
basta querer alcançar.
Autor do enredo: Max Lopes
Pesquisa histórica: Claudio Armanni