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A Estação Primeira de Mangueira escolheu, na
madrugada deste domingo (8), o samba que vai representá-la na Marquês de
Sapucaí em 2018.
A verde e
rosa já havia escolhido o tema “Com dinheiro ou sem dinheiro, eu brinco”, após
a Prefeitura anunciar o corte no subsídio de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão.
O
carnavalesco Leandro Vieira chegou a fazer críticas à administração do prefeito
Marcelo Crivella (PRB), que também aparecem na letra de forma sutil.
"Eu sou Mangueira meu senhor, não me leve a mal / Pecado é não brincar o Carnaval!".
Em nota,
o prefeito respondeu: "A Prefeitura do Rio respeita todo tipo de
manifestação cultural". Ao Bom Dia Rio, em julho, Vieira falou sobre o
corte de verba.
“Isso tem
muito a ver com a tentativa de vilanizar as escolas de samba, colocando de um
lado a educação, as crianças e as creches e do outro lado as escolas de samba.
Esse é um discurso que me incomoda. Coloca as pessoas e a sociedade em lados
postos. É o mesmo discurso que de um lado coloca a família e do outro lado
coloca o gay. Então, são discursos polarizados que não tem a ver com a cidade
plural que a gente vive. Não é postura de quem administra uma cidade como o Rio
de Janeiro, cosmopolita, de muitas caras e muitas faces", afirmou na
ocasião.
Veja a letra completa:
Autores: Lequinho, Júnior Fionda, Alemão do Cavaco, Gabriel Machado, Wagner Santos, Gabriel Martins e Igor Leal.
Intérprete: Tinga
Participação Especial: Moacyr Luz
Chegou a hora de mudar
Erguer a bandeira do Samba
Vem a luz à consciência
Que ilumina a resistência dessa gente bamba
Pergunte aos seus ancestrais
Dos antigos carnavais, nossa raça costumeira
*Outrora marginalizado já usei papel barato*
*Pra desfilar na Mangueira*
A minha escola de vida é um botequim
Com garfo e prato eu faço meu tamborim
Firmo na palma da mão, cantando laiálaiá
Sou mestre-sala na arte de improvisar
Ôôô somos a voz do povo
Embarque nesse cordão
Pra ser feliz de novo
Vem como pode no meio da multidão
Não… Não liga não!
Que a minha festa é sem pudor e sem pena
Volta a emoção
Pouco me importam o brilho e a renda
Vem pode chegar…
Que a rua é nossa mas é por direito
Vem vadiar por opção, derrubar esse portão,
resgatar nosso Respeito
O morro desnudo e sem vaidade
Sambando na cara da sociedade
Levanta o tapete e sacode a poeira
Pois ninguém vai calar a Estação Primeira
Se faltar fantasia alegria há de sobrar
Bate na lata pro povo sambar
Eu sou Mangueira meu senhor, não me leve a mal
Pecado é não brincar o Carnaval!