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Independentes lavam a alma e lotam quadra da Mocidade na comemoração do hexacampeonato

Foram 21 longos anos de espera. Mais de duas décadas com um grito entalado na garganta que finalmente pode ser solto na noite deste sábado em Padre Miguel. A quadra da Mocidade foi invadida por sua apaixonada torcida na comemoração do título de campeã do carnaval. A verde e branca foi aclamada campeã junto com a Portela na quarta-feira pela Liesa.


Na quarta-feira de cinzas a Mocidade festejou um surpreendente vice-campeonato. A escola liderava a apuração até o último quesito, quando foi superada pela Portela. Entretanto, o orgulho deu lugar à revolta quando as justificativas foram divulgadas. O 9,9 dado por Valmir Aleixo, no quesito Enredo, foi justificada pela ausência de um destaque de chão. Ocorre que no livro abre-alas entregue ao jurado uma alteração não foi corrigida por erro da Liesa e a escola perdeu o campeonato justo nessa nota. A decisão foi recorrer na Liga e o que tantos independentes esperavam acabou acontecendo na última quarta-feira. A Mocidade, em reunião plenária, foi campeã do carnaval pela sexta vez em sua história.

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Nesses 21 anos que separaram a Mocidade de seu último caneco a escola passou por profundas transformações. A outrora bicho-papão perdeu sua figura mais importante, Castor de Andrade, em 1998. Ficou 14 anos fora do sábado das campeãs e flertou com o grupo de acesso mais de uma vez. A quadra mudou de lugar e aquele carnaval de incríveis duelos com a Imperatriz não existe mais. A única coisa que não mudou foi o orgulho de cada independente, extravasado nesta noite da vitória na quadra. É dessa forma que pensa o torcedor Caio Vieira.
– A sensação é estranha pois na quarta de cinzas comemoramos muito o nosso vice-campeonato, porque nosso desfile representou uma retomada. Ali já éramos campeões, mas nunca imaginaríamos o que o destino nos reservava. Somos campeões de fato do carnaval e merecemos comemorar até o ano que vem – brincou Caio.
Rodrigo Pacheco rechaça rivalidade com a Portela e avisa que enredo ‘tem a cara da escola’
Um dos personagens fundamentais para essa conquista da Mocidade atende pelo nome de Rodrigo Pacheco, vice-presidente. Desde que a família Andrade retomou o controle da escola, Pacheco comanda a gestão. À reportagem do CARNAVALESCO ele falou sobre o título, enalteceu a figura de Rogério Andrade e adiantou que o enredo para 2018 já está definido.

– Eu era um moleque quando a Mocidade ganhou pela última vez, sempre correndo no meio da bateria. Eu estava muito satisfeito com nosso vice-campeonato, mas sempre fica aquele gostinho do que poderia ter faltado. E na verdade não faltou nada, somos campeões de fato e de direito. A Portela tem todo o direito de buscar o seu direito. Eu respeito muito cada portelense. O Rogério Andrade nunca esteve afastado da Mocidade. Sua família tem uma relação muito forte com a escola. Nosso enredo está definido e em 2018 passaremos na avenida com um tema que tem o nosso DNA – definiu.
O carnavalesco Alexandre Louzada era um dos mais contentes na quadra da Mocidade. O artista alcançou uma importante marca pessoal. Conquistou seu sexto título no Sambódromo e igualou a marca de Rosa Magalhães, que tem sete campeonatos, mas o primeiro veio quando ainda não existia o Sambódromo.
– Eu acho bacana alcançar esses números, mas deixo isso mais para vocês que adoram. Eu estou muito satisfeito com o desfecho de todo esse imbroglio pois consegui demonstrar na avenida que o Marrocos dá muito carnaval – resumiu.
O interprete Wander Pires passou oito carnavais afastado da Mocidade. E foi na voz dele o último campeonato da escola. Pé quente, Wander comemora o segundo título no Rio.
– Eu acho que é coisa de Deus sabia? Ele quis que fosse na minha voz essa conquista que não vinha há tantos anos. Cantar na Mocidade é muito especial para mim, eu nunca escondi. Passei por outras grandes escolas mas é aqui que sou campeão. Estava muito ansioso esses dias aguardando essa definição – afirmou.
‘A Portela não tem nada com isso, meu negócio é com a Liesa’, dispara Tia Nilda
Com os ânimos acirrados nos últimos dias entre portelenses e independentes nas redes sociais, a baluarte da Mocidade Tia Nilda pediu respeito com a Portela e Tia Surica. A baiana disse que está brava com a Liesa.

– Vamos respeitar a Portela, uma escola fundamental na construção da história do samba e do carnaval. A Surica é minha amiga, e nós duas somos campeãs. Meu negócio é com a Liesa – definiu Tia Nilda.
Quando a Mocidade iniciava o seu desfile a arquibancada delirava. A imagem do Carnaval 2017 foi o Aladdin sobrevoando a Sapucaí. A comissão de frente arrebatou diversos prêmios e um dos coreógrafos, Jorge Teixeira, revela à reportagem do CARNAVALESCO que sua ficha ainda não caiu.
– Confesso que às vezes custo a acreditar no que realizamos na avenida. Foi muito complicado para ensaiar com aquela peça, pois se desse algo errado prejudicaria muito a escola. Mas foi um trabalho tecnicamente perfeito no chão e no céu – finalizou.

VIA: CARNAVALESCO
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