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Escolas do Grupo Especial de São Paulo conhecem os dias que vão desfilar no Carnaval 2018

Escolas do Grupo Especial de São Paulo conhecem os dias que vão desfilar no Carnaval 2018


sambodromo_anhembiEm reunião plenária na noite desta segunda-feira, a Liga das Escolas de Samba de São Paulo definiu quais escolas vão se apresentar na sexta-feira de carnaval e quais estarão no sábado. Haverá o sorteio oficial para definir a ordem de desfile em cada dia. As agremiações não podem trocar os dias já definidos. Já é certo que Independente abrirá a sexta como vice-campeã do Grupo do Acesso, enquanto a X-9 Paulistana abrirá o sábado como a campeã de 2017 do Grupo de Acesso. Outro ponto foi a escolha do dia de desfile da campeão do Grupo Especial, a Acadêmicos do Tatuapé, na sexta-feira de carnaval.
Vão desfilar na sexta:
Independente
Tatuapé
Mancha Verde
Rosas de Ouro
Tucuruvi
Peruche
Tom Maior
Vão desfilar no sábado:
X-Paulistana
Mocidade Alegre
Dragões da Real
Vai-Vai
Império de Casa Verde
Vila Maria
Gaviões da Fiel
Sinopse do enredo do Salgueiro para o Carnaval 2018

Sinopse do enredo do Salgueiro para o Carnaval 2018

Enredo: Senhoras do Ventre do Mundo
Eu sou o ventre principal, a Terra-Negra, a grande Mãe Universal, a primeira que gera e nutre o mundo, Grande Ya vermelha, cor símbolo da vida, fonte de energia e poder sobrenatural. (…) Fértil, me uno no ritual com o branco, a outra metade da cabaça, formando o Par Vital.
ARGUMENTO
Há cinquenta e cinco anos, sob o manto vermelho e branco, a Acadêmicos do Salgueiro celebrou a desconhecida história de uma negra mulher… O desfile sobre aquela que se tornou “De escravizada à rainha”, marcou para sempre a agremiação e o carnaval brasileiro.
Outras heroínas irão salgueirar. Algumas famosas, outras anônimas, mas todas carregam no gênero e na cor, suas conquistas. Suas histórias serão (re)contadas, num longo espaço de tempo, que vai do alvorecer da espécie humana, até os dias atuais.
SINOPSE
salgueiro_logo_enredo_carnaval2018Ela… brotou do ventre negro da África, seu povo a deu o nome de Dinikinesh (*), seu fóssil de milhões de anos era, aos olhos da ciência, a Eva Africana, que deu à luz a humanidade. A partir daí, a história segue seus passos…
Ela… é bíblica soberana de Sabá, dona do coração de Salomão. Ela… é negra rainha. Regente na Etiópia, construiu palácios, cimentou a cultura e a arte. Contra-atacou os invasores. Foi general da Núbia, liderando exércitos.
Ela… é, no Vale do Nilo, a personificação da autoridade divina, fonte do poder. Guardiã da linhagem real. Como Hórus, lança fogo contra seus inimigos.
Ela… É esposa e Mãe do Egito – a Deusa Ísis – amamentando o divino filho, Hórus, inspiração para a imagem da santíssima mãe nos primeiros santuários Cristãos. É também Neith, a Deusa mais velha, que fala com a voz atemporal “Eu sou tudo o que foi ou será.” E Hathor, autogerada, doadora da vida, protetora dos mortos, deusa dos sentidos.
Ela… é mestre Hypátia de Alexandria, “a última grande cientista mulher da antiguidade”.
Ela é Merit Pitah a mulher que cria a medicina e a primeira ideia de casas de maternidade na história da humanidade.
Ela… é guerreira, é Nzingha de Angola, na luta contra o imperialismo português, e que insistia em ser chamada de rei, ao marchar para o campo de batalha com roupa de varão. É Yaa Asantewa dos Ashanti. A Rainha Mãe de Ejisu, em Gana, que lutou contra os britânicos, e ao seu povo declarou: “Se os homens de Ashanti não irão para frente, então vamos todos nós. Nós, as mulheres, iremos…” Do lado de cá, é a conselheira Acotirene de Palmares, a sagrada mulher que empossou Ganga Zumba. É Teresa do Quariterê. É Maria Felipa, Luiza Mahin, e muitas outras…
1* Significa “você é maravilhosa” na língua Amharic (semiótica Afro asiática – etiope). O achado arqueológico ficou internacionalmente conhecido como fóssil Lucy, aleatoriamente escolhido pelos arqueólogos europeus.
Ela… é a matriarca nestes cafundós coloniais e imperiais. Neste lado do Atlântico, formou novos laços familiares, irmandades negras, sociedades secretas que deram origem a diversas religiões de matriz africana. É a mãe preta, “ama de leite”, que amamentava o sinhozinho, que estava com dengo e só queria um xodó. É quem trança as madeixas fazendo cafuné, enquanto canta quadras e conta histórias para ninar. Cantigas cantadas em língua nativa, que citavam itans africanos, perpetuados entre nós.
Criou as feiras livres, nas praças e esquinas. Vendedoras de frutas e legumes, equilibrando seus tabuleiros, cestos sobre a cabeça, as primeiras empreendedoras do Brasil. São as filhas de Oya, que pregoam: Ê e abará! Que descendo a alameda da cidade com seus encantos, de saia rodada, sandália bordada, coberta de contas e balangandãs pisando nas pontas, sabe encantar. A “negra forra”, que faturava alguns mil réis, para a compra da carta de alforria das suas irmãs cativas. Doceira, quituteira, quitandeira.
Ela… que alimenta, no seu tabuleiro tem… Vatapá, Caruru, Mungunzá. Põe na gamela o tempero, machuca a pimenta da costa e mais uma pitadinha de sal, põe farofa de dendê e veja só no que dá. Tem angu e aluá. Também tem Bobó, Acarajé e Efó. E depois o quindim e doce de leite com amendoim…
Quem… dá fé aos saberes das folhas. uma doutora ou curandeira. Ervas pra curar, ervas pra benzer. Mas se é canjerê, ela “corta” quebranto, invoca o seu santo para lhe proteger. No axé, ela é Yamin, Preta Velha, Agbá, Mametu, Nochê… Mãe que prepara o ebó para o Oboró e para a Yapeabá. E cultua no Gèlèdè que reverencia e apazigua as Mães Primeiras, as “Senhoras dos Pássaros da Noite”, as energias geradoras da vida, e controladoras da morte. Para assegurar o equilíbrio do mundo. Sabe que para o povo africano: “tudo aquilo que o homem vier a conseguir na terra, o será através da mão da mulher”.
Ela… que seguindo os mestres e griôs, na tradição oral africana, fortaleceu as lutas de libertação. E através da palavra escrita, eternizou sua história.
Ela… autora negra, guardiã dos valores ancestrais, desde Maria Firmina dos Reis, a primeira romancista do Brasil à Carolina Maria de Jesus, que registrava o cotidiano da comunidade, ao comparar a favela e seus cafofos, ao quarto de despejo de uma cidade. Estas e demais escritoras, superaram imposições sociais ao figurarem o seleto meio literário do país.
Ela… é memória do mundo; deusa; rainha; guerreira; sacerdotisa; feiticeira, a matriarca, que trabalha e sustenta a prole sozinha, seu nome é resiliência. Mãe, irmã, amante e companheira. Velha guarda, baiana, passista, porta bandeira.
Ela… cheia de graça, bendita mulher e seu ventre, com seus formosos pássaros, do alto dos ceús, olhai por nós!
Alex de Souza, carnavalesco.
Pesquisa Coordenador Dr. Júlio Tavares
Pesquisadoras: Kaká Portilho, Marina Miranda e alunos do curso de História Geral da África – Instituto Hoju
ROTEIRO PARA OS COMPOSITORES
ABERTURA
A Terra-Negra, a grande “Mãe Universal”. As forças ancestrais que geram e nutrem o mundo. O ventre africano, que deu à luz à humanidade.
1º SETOR
A linhagem das rainhas negras, que consolidaram a cultura e a arte e lideraram exércitos.
2º SETOR
A personificação da autoridade divina, fonte do poder no Vale do Nilo. Esposas e soberanas; deusas mães de Kemet (Egito)
3º SETOR
Guerreiras na luta contra o imperialismo europeu no campo de batalha africano. As heroínas quilombolas e as líderes das rebeliões históricas.
4º SETOR
As matriarcas que formaram novos laços familiares: As irmandades negras. As “mães pretas” que acalentam. As primeiras empreendedoras do Brasil: doceira, quituteira, quitandeira.
5º SETOR
As que deram origem à diversas religiões de matriz africana. Donas dos saberes das ervas. Doutoras e curandeiras. No axé cultuam, reverencia, e apazigua, as “Mães Primeiras”, as “Senhoras dos Pássaros da Noite”.
6º SETOR
As escritoras, que perpetuam os valores culturais, registrando em livros suas lutas e dura realidade.

Liesa define: Império Serrano abre, Tuiuti fecha o domingo e Tijuca é a primeira de segunda-feira

Em plenária realizada na noite desta quarta-feira, na sede da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), as 13 agremiações definiram algumas regras para os desfiles do Grupo Especial no Carnaval 2018. O Império Serrano, escola campeã da Série A, abrirá o domingo de carnaval. Como não houve rebaixamento, os desfiles do ano que vem vão ter 13 agremiações, sendo sete escolas no domingo e seis na segunda. O Tuiuti, 12ª colocada em 2017, fechará o domingo. A Unidos da Tijuca, 11ª de 2017, abrirá a segunda-feira de carnaval. Nos próximos dias, a Liga divulgará os pares do sorteio que terá Mangueira, Portela, Mocidade, Salgueiro, Vila Isabel, União da Ilha, Beija-Flor, Grande Rio, Imperatriz e São Clemente.
 
Em entrevista ao site CARNAVALESCO, o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, revelou que o sorteio da ordem de desfile do Especial deve acontecer até o dia 15 de julho. Os desfiles estão marcados para os dias 11 e 12 de fevereiro de 2018.

– O Tuiuti propôs em plenária encerrar o domingo, já que a escola estava excluída do regulamento de 2018 pelo fato de não ter sido rebaixada. A Unidos da Tijuca abre a segunda e o Império Serrano o domingo. Pode haver trocas em todas posições de desfile (a Liga autoriza 10 minutos para trocas), como sempre houve, mas somente com escolas que desfilam no mesmo dia. É possível mudar a ordem e não o dia de desfile – explicou Jorge Castanheira, presidente da Liesa.

A reportagem do CARNAVALESCO apurou que em plenária as escolas decidiram que qualquer definição sobre regulamento deve aguardar esse encontro com Crivella. Na pauta principal será discutida a subvenção da prefeitura e a data de liberação do dinheiro para as agremiações. É um desejo antigo a antecipação da liberação da verba para facilitar no planejamento do desfile.

– O encontro com o prefeito será para traçar estratégias e demandas para o próximo carnaval. Fizemos esse pedido ao presidente da Riotur, Marcelo Alves. Quando o prefeito voltar de viagem vamos marcar a audiência com ele – disse Castanheira.
CRÉDITOS: CARNAVALESCO

Cid Carvalho diz que Beija-Flor precisa mudar plasticamente e pede calma sobre o anúncio do enredo

Após o sexto lugar em 2017 e muitas críticas recebidas pelo conjunto de fantasias, a Beija-Flor aposta novamente em seus próprios talentos. O filho de Nilópolis voltou para casa. Muito festejado, Cid Carvalho retorna e assumirá o comando do desfile com a comissão de carnaval. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, ele diz que é hora de virar a chave.
– A Beija-Flor não vem de boas colocações e a gente quer mudar a estética. A partir da própria ideia do Laíla, que é um grande mestre, que a gente entende que está na hora dessa página ser mudada. O enredo é muito mais estudado. Estamos com muito estudo, muita pesquisa, um trabalho muito sério. Estamos um pouquinho mais cauteloso, não sei se seria bem essa palavra, mas vou ficar com cauteloso – explicou Cid.
O carnavalesco da Beija-Flor frisou que ainda não existe enredo fechado e que a calma é a palavra de ordem no barracão.
– O que está rolando por aí é só especulação, ainda não tem enredo definido. A Beija-Flor precisa de calma, ela precisa respirar uma outra coisa, principalmente, plasticamente. Temos muitas propostas, ideias, mas o martelo não foi batido ainda.
Tê explica troca de ordem de desfile do Império da Tijuca com o Sossego

Tê explica troca de ordem de desfile do Império da Tijuca com o Sossego

O Império da Tijuca trocou sua ordem de desfile com o Sossego. Estranhamente, o presidente Tê preferiu ser a segunda a desfilar na sexta-feira de carnaval e a escola do Largo da Batalha, em Niterói, será a terceira. Ninguém entendeu a postura do dirigente. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, ele explicou que a posição do barracão facilita o deslocamento da escola.
– Optamos por sermos a segunda a desfilar porque o meu barracão fica praticamente dentro da Sapucaí. Estou já posicionado para o lado da concentração do Balança – comentou o presidente do Império da Tijuca.
Segundo Tê, o componente do Império da Tijuca não deve ficar preocupado com a ordem de desfile.
– Acho que quem tem o espírito de ganhar carnaval não importa ser sexta ou sábado, o que interessa é fazer um grande desfile – afirmou.
Em 2018, o Império da Tijuca terá o enredo “Olubajé – Um banquete para o rei”, dos carnavalescos Jorge Caribé e Sandro Gomes.
Veja abaixo a ordem completa dos desfiles da Série A em 2017
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Fernando Horta afirma que Tijuca deve ter enredo nacional e pede alteração no regulamento para 2018

Líder do ranking da Liesa até o desfile de 2017 a Unidos da Tijuca era apontada como favorita para conquista de mais um carnaval neste ano. Entretanto, a exemplar administração de Fernando Horta à frente da agremiação sofreu um duro golpe com um acidente que destruiu o carnaval da escola e quase levou à agremiação para a Série A. Passados quase quatro meses dos desfiles o site CARNAVALESCO entrevistou o presidente Fernando Horta.
Depois de desenvolver temáticas internacionais em 2013, 2015 e 2017, a 11ª colocada no Grupo Especial deve retornar para as temáticas nacionais ano que vem. Segundo Fernando Horta, o enredo será divulgado no início de junho. Horta revela ainda que o acidente ainda deixa marcas na escola.
– A poeira não baixou muito. Foi uma situação que não esperávamos, mas toda escola que faz parte do espetáculo está sujeita a esse tipo de coisa, infelizmente. Ninguém gosta de passar por isso mas o fato é que aconteceu conosco. Estamos promovendo uma reorganização e logicamente tenho alguns enredos em minha mesa. No início do mês que vem divulgarei um enredo nacional que vai agradar todo mundo – garantiu.
A reportagem do CARNAVALESCO apurou que nesta quarta-feira acontece uma plenária na Liga onde serão discutidas as regras para o sorteio do Grupo Especial que deve acontecer no fim do mês de junho. Uma das possibilidades seria o Tuiuti ficar fora da divisão das cotas de TV, desfilando no domingo antes do Império Serrano e a Unidos da Tijuca abrir a segunda-feira. Fernando Horta nega essa tendência.
– Não conheço a procedência dessa informação. Houve um carnaval atípico. A Unidos da Tijuca terminou na 11ª colocação e pelo regulamento deve entrar no sorteio. Defendo que o Império Serrano abra o domingo e o Tuiuti a segunda. Entretanto tudo na Liga é definido mediante plenárias. O que as escolas decidirem está decidido – desconversou.
Fernando Horta declara também que os acidentes que mancharam o carnaval deste ano devem servir para realizar alterações no regulamento. Segundo ele, o desfile tijucano deveria ter sido paralisado para um melhor atendimento das vítimas do desabamento da alegoria.
– Quem mais tirou ensinamentos foi a Liga. Algumas coisas precisam mudar no regulamento. Acidentes precisam constar no documento e naquela altura o desfile deveria ter parado para priorizar o atendimento às vítimas. A gente acha que sabe tudo e não sabe – dispara.
Sinopse do Peruche para o enredo do Carnaval 2018 sobre Martinho da Vila

Sinopse do Peruche para o enredo do Carnaval 2018 sobre Martinho da Vila

Enredo: PERUCHE CELEBRA MARTINHO – 80 ANOS DO DIKAMBA DA VILA
Mensagem ao poeta perucheano,
Celebra o dikamba Martinho em forma de samba!
Celebra em letra, melodia e síncope
Celebra…
I
sinopse_peruche2018Aquece o couro do tambor!
Escuta o toque primordial, vigoroso, forte como o trovão!
Percute o grito místico do animal na escuridão da mata
Amplifica o estampido intenso no espaço sem fim…
Canta os sons de África e Brasil, irmãos unidos em cantos, danças e requebros
Revela as origens de povos que se reconhecem nos sons tribais
Faz tremer as ancas das negras, agita os corpos dos guerreiros em transe
Espalha no ar a energia dos povos de raiz
Festeja, ritualiza, enfeitiça!
Evoca os deuses de dois mundos!
Irmana os dikambas de África! Irmana os irmãos da América!
Irmana Angola! Irmana Pindorama!
II
Joga as sementes da música ao vento!
Capta os sons que brotaram na cuca do menino Martinho!
Ouve o farfalhar das folhas dos cafezais de Duas Barras
Festeja em folguedos, em cirandas…
Ponteiaviolas, folia com os reis!
Bate na palma da mão umacanção calangueada
Reza pra São Benedito, reza pra Nossa Senhora da Conceição…
Caminha com os devotos em procissão
Irmana em ladainhas! Irmana em terreiros!
Irmana em lavouras! Irmana em louvores!
III
Vem com o dikamba ao berço do Samba!
Ouve a melodia que vem do trinar do Bando de Tangarás
Seduz um novo amor à luz da lua
Cantarola em bom tom um laraiá-laiá
Desliza entre as partituras gravadas nas calçadas de uma Vilamusical
Respira o ar que se espalha das ramas dos oitis do Boulevard
Puxa uma cadeira, bebe com os boêmios…
Une asfalto e favela
Irmana o poeta! Irmana a princesa!
Irmana Noel! Irmana Isabel!
IV
Cruza fronteiras
Viaja pelo mundo de língua portuguesa!
Redescobre com Martinho os traços que nos unem
Desfila pelos mares em uma nau de versos livres
Desembarca trocando alegrias
Colore os lusófonos de negritude
Escreve a poesia dos muitos cantares da nossa língua
Irradia arte pelos novos mundos, chêmenino!
Irmana as vozes lusitanas! Irmana saberes!
Irmana as terras lusófonas! Irmana a Terra…
V
Vem cantar mais um samba-enredo na Avenida
Exalta o sambista de 80 fevereiros
Baila com a porta-bandeira e beija o pavilhão alviceleste
Reviveum Carnaval de Ilusões
Cantaas glórias do passado e propagaa liberdade
Louva as raízes da nossa gente
Colhe felicidade na festança do arraiá
Revela, enfim,que a beleza é a missão de todo artista
Sê tu artista também! Sê música!
Sê Martinho!
Irmana o samba! Irmana a Avenida!
Emana Energia!
CelebraDikamba!
Celebra…
Axé!
Carnavalesco: Mauro Quintaes
Texto: João Gustavo Melo

São Clemente inova e fará disputa de samba para o Carnaval 2018 com compositores renomados como convidados

Sempre buscando alternativas para baratear as disputas para os compositores na São Clemente e tentando melhorar a qualidade das obras da preta e amarela da Zona Sul, o presidente Renato Almeida Gomes revela para reportagem do CARNAVALESCO mais uma inovação que a disputa de sambas da escola para o Carnaval 2018 na agremiação. Uma espécia de clube de notáveis irá disputar o samba.
– Eu quero um sambaço, uma obra que entre para a história. Por isso vamos convidar 10 compositores de grandes serviços prestados ao carnaval e à própria São Clemente para participarem de nossa disputa. Já tenho os nomes do Luiz Carlos Máximo, Helinho 107, Leonardo Bessa, Claudio Russo, André Diniz, Índio e Ricardo Góes. Cadu um vai encabeçar uma parceria – dispara Renatinho.
Ainda de acordo com o presidente as parcerias não irão gastar um centavo com a disputa no que depender da escola. A agremiação vai financiar entradas e mesas para os poetas.
– Vamos disponibilizar 100 ingressos e 10 mesas para cada parceria e à medida que for afunilando vou aumentar esse número. A parceria campeã levará 70% dos direitos autorais da obra e a vice-campeã fica com 30 mil reais. Serão dois sambas apenas em nossa disputa final – garante Renatinho.
A São Clemente apresentará sua sinopse no dia 03 de junho na sua Feijoada Vip, que acontecerá na Rua Moncorvo Filho, 56, no Centro do Rio. “Academicamente popular” é o título do enredo que será desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira.

Acadêmicos do Sossego já tem enredo para o carnaval 2018

Ritualis” é o enredo do Carnaval 2018 da Acadêmicos do Sossego


A Azul e Branco do Largo da Batalha, em Niterói, está em festa! É que nesta quinta-feira, dia 18 de maio, a diretoria da Acadêmicos do Sossego anunciou o enredo do Carnaval de 2018: “Ritualis”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Petterson Alves, vindo diretamente de Vitória, no Espírito Santo. Segundo Petterson, “Ritualis “É o símbolo dos poetas, da harmonia cósmica e da inspiração musical, fonte das mais primorosas melodias, como a Lira da Academia Azul e Branco do Largo da Batalha.

“A Sossego no carnaval de 2018 convida à todos para uma misteriosa e inebriante comunhão de saberes e histórias na Marquês de Sapucaí. Por meio de uma viagem, multifacetada pela história dos rituais mais diferentes da humanidade ao longo dos anos, o público poderá conferir as surpresas de um grande desfile. Vamos inovar e sacudir a Passarela do Samba com múltiplas palhetas de cores, aliado a um visual de rituais carnavalizados”, adiantou.
A escola, que realizou um belo desfile em 2017 homenageando a atriz e cantora Zezé Motta, não fará eliminatória de samba. A diretoria, que decidiu evitar gastos em virtude de não poder contar ainda este ano com sua própria quadra, convidou a parceria de Felipe Filósofo campeã dos dois últimos carnavais, para que escrevesse o hino oficial.
A Acadêmicos do Sossego será a terceira escola a desfilar na sexta-feira de folia, na Marquês de Sapucaí pela Lierj, no dia 09 de fevereiro de 2018.

Veja a Logo:



Presidente de escola rebate Luciano Huck sobre ser enredo no carnaval 2018

Regina Célia, do Salgueiro, foi procurada por represente do apresentador: 'Mas quero título'
A presidente do Salgueiro, Regina Célia, disse ter sido procurada por Luciano Huck, através de seus representantes, para que o apresentador, recentemente operado da hérnia, fosse enredo da escola no carnaval 2018. "Aconteceu (a procura). Veio um documento procurando para fazer o enredo, mas, realmente, não que ele não mereça. Ele também tem história. Mas preciso muito, quero muito ir atrás de um título.

  • "R$ 6 milhões é um bom dinheiro", frisou Regina

Ainda na entrevista exibida no "TV Fama" (RedeTV!) desta terça-feira (16), Regina explicou porque recusou levar a história do marido de Angélica para a avenida. "Acho que o enredo que tenho posso ir muito mais fácil atrás de um título e fazer um belo desfile", disse se referindo à "A Senhora do Ventre do Mundo". Quando questionada se Luciano, dono de um iate de quatro andares, ofereceu R$ 6 milhões para a vermelha e branca, a presidente confirmou. "É um bom dinheiro? É. Mas para pisar na Avenida você precisa ter ciência que vai fazer um bom carnaval. Tendo um bom enredo, você tem 40%, 50% de um bom carnaval", acrescentou.

  • Huck havia desmentido proposta

Após a informação que o apresentador do "Caldeirão do Huck" queria ser enredo de alguma escola do Rio, o pai de Joaquim, Benício e Eva negou a proposta por meio de sua assessoria de imprensa. "Ele foi procurado por um compositor, uns três ou quatro meses atrás, que queria escrever um samba-enredo sobre ele e oferecer para escolas. O Luciano não aceitou", disse a porta-voz. Depois, a Mangueira também vetou o enredo, segundo a "Radar". "Usaram o meu nome", alegou.

  • Apresentador descarta se candidatar à Presidência

Depois que Angélica afirmou que o Palácio do Planalto não está nos planos do marido, Luciano reforçou as palavras da mulher. "Não, não sou candidato a presidente da República. Um assunto como esse, contudo, não pode ser tratado sem reflexão. Nunca falei que seria candidato a nada, mas nunca me esquivei de me posicionar", explicou. Semanas antes, o presidente do grupo AfroReggae disse que o apresentador tinha vontade de ocupar o cargo máximo do país.
  • Vizinhança se irrita com pavões do casal

No início de fevereiro, uma vizinha reclamou com os apresentadores por causa do casal de pavões que eles criam na mansão do Joá, na Zona Sul do Rio. "Eles gritam que nem gente. A administradora da casa pediu para eu gravar os gritos do pavão. Eles deram dois gritos enormes aqui agora há pouco", contou a vizinha.

Grande Rio confirma volta de Juliana Paes ao carnaval em 2018 como rainha de bateria da escola

Ela reinou absoluta de 2004 a 2008 à frente da bateria da Unidos do Viradouro. Mas os compromissos pessoais e profissionais acabaram afastando a atriz Juliana Paes da Marquês de Sapucaí. Só que a paixão pelo carnaval seguia latente no coração da musa, que depois de um retorno tímido em 2015 – foi destaque da comissão de frente da Viradouro - vai reaparecer no carnaval de 2018 como rainha de bateria da Acadêmicos da Grande Rio.
Juliana, que atualmente está na novela “A força do querer”, vai substituir a também atriz Paloma Bernardi, que durante dois anos esteve à frente dos ritmistas comandados por mestre Thiago Diogo. Era um deseja antigo da escola ter Juliana à frente da bateria “Invocada”, como informou a escola.

Depois de muita insistência – as negociações se intensificaram em fevereiro -, e apesar dos compromissos, Juliana aceitou esta semana o convide do presidente de honra Jayder Soares.

A atriz é mais uma das novidades da Grande Rio para 2018. Além de Juliana, estreiam na escola de Duque de Caxias os carnavalescos Renato e Márcia Lage, que estão desenvolvendo o enredo “Vai para o trono ou não vai?”, uma homenagem ao comunicador Chacrinha.


A diretoria da escola promete para os próximos dias a apresentação oficial de Juliana Paes como rainha de bateria.

Mocidade Alegre e Mangueira juntas no carnaval 2018

A presidente Solange Cruz, acompanhada da diretora de carnaval Erica Ferreira, esteve no Rio de Janeiro, em uma reunião com a comissão de carnaval da Mocidade Alegre. A reunião foi mais um momento de preparação para o carnaval de 2018 e contou com a presença da Alcineide Lopes, José Carlos Lopes, Leandro Vieira e Paulo Brasil.
A comunidade da Morada do Samba está ansiosa pelos detalhes do próximo carnaval que irá homenagear Alcione com enredo ‘A voz marrom que não deixa o samba morrer.
 
“Com esse enredo uma relação que sempre foi muito forte entre a Estação Primeira de Mangueira e a Mocidade Alegre ficou ainda mais próxima!” ,
 comentou a presidente Solange, que também aproveitou a viagem ao Rio de Janeiro e teve um encontro com presidente da Estação Primeira, Chiquinho da Mangueira.
Na ocasião foi firmada uma grande parceria entre a Estação Primeira de Mangueira e  Mocidade Alegre.



Sinopse do enredo da Alegria da Zona Sul para o Carnaval 2018

Sinopse do enredo da Alegria da Zona Sul para o Carnaval 2018


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Enredo: “Bravos Malês! A Saga de Luiza Mahin”

Apresentação/Justificativa

Luiza Mahin, negra alforriada e quituteira. Mahi era o teu povo Jeje, que habitava o antigo reino do Daomé, atual Benim, lá na África dos nossos ancestrais. Luiza fora a única palavra que aceitou, pois, imposição nenhuma de fé ou servidão foram capazes de domar o seu espírito aguerrido.
Na travessia de um continente ao outro a mulher de pele tão negra quanto a noite resiste, persiste e insiste. Toma para si o islamismo como
verdade norteadora do seu destino, é chamada “imale”. É toda a gente “malê”, a negritude que tem fé em Allah! A história registra a “Revolta dos Malês” como a insubmissão das senzalas, e nós, enquanto veículo disseminador de cultura – escola de samba – entendemos que dar voz aos clamores sociais é mais que missão, é dever.

Quando soar a sirene e o nosso manto cruzar a Avenida Marquês de Sapucaí, reverenciaremos a figura de Luiza Mahin. Faremos de cada elemento deste desfile um pedaço de um poema heroico em memória de todos os nossos irmãos negros. Será um cortejo de muitas vozes uníssonas que
ecoarão pelo tempo, revivendo um momento histórico, cessando o estalo da chibata.

Por honra ao sonho Malê e tantas outras contribuições daquela que teria
sido a “Rainha da Bahia e de todos os negros mulçumanos”, o G.R.E.S.
Alegria da Zona Sul, tem a honra de apresentar seu enredo para o Carnaval de 2018: “Bravos Malês! A Saga de Luiza Mahin”.

Celebraremos neste dia quem lutou por nós!
Cantaremos para que as gerações ouçam nossa voz!

Salaam Aleikum!
(Que a paz esteja sobre vós!)


  • Sinopse

Os meus ancestrais falavam dos tempos idos,
Quando o mundo fora moldado no infinito.
A morada primitiva da velha deusa das águas,
E das divinas serpentes da criação,
Ayìdohwedo e Dangbalá,
Arroboboi!

Contos do Gbé-Dotó, a sagração da vida,
A dança prateada da lua e da claridade do sol,
Matiz da criação, benção de Nanã Buruku.
Assim nasceram os voduns,
Que sussurraram aos homens os mitos,
Os ritos e alicerçaram o Daomé,
Onde reina o meu povo Jeje!

Foi assim que correram os dias,
Até o meu corpo ser aprisionado.
Escravizada em nome da fé de outra gente,
Pelas mãos de Xaxá entregue ao mar,
E como artimanha do destino,
Quis o renegado batismo me nomear Luiza,
“Gloriosa nas batalhas”.

Enquanto os ventos cortavam o mar,
Os grilhões sangravam minha pele,
E o coração era só saudade do que ficou.
A resistência fez do corpo fortaleza,
Até ser afagado pela brisa daquela terra,
Onde as águas banhavam as pedras do cais,
Na baía de todos santos e pecadores.

Pelas ruas e calçadas fiz o ganho de cada dia,
Enquanto a escravidão trazia o amargo da dor,
A persistência adoçava minha vida de anseios.
Foi então que a luz de Allah me trouxe liberdade,
Me fiz Malê ao lado dos meus semelhantes.

Sonhei em africanizar a cidade,
Para então me tornar Rainha da Bahia.
A palavra em árabe foi disseminada,
Nas bancas, nos ganhos e nas vendas,
Conclamamos a negritude para lutar.
Éramos tantos pelo fim da escravidão,
Éramos muitos para a igualdade reinar,
Éramos imale, mussurumins.

Assim se fez o levante,
A insubmissão negra que sonhava.
Assim se fez a insurreição das senzalas,
Nas veias o sangue Haussá, Tapa, Mina e Nagô,
Na pele a cor que nos irmanava.

Eis que então a traição calou o grito de revolta,
E aos olhos restaram as lágrimas de dor.
Pelas vozes que não mais se ouviram,
Pelos irmãos que foram humilhados,
Pelos muitos heróis esquecidos.
Mas a centelha de esperança persistiu,
Como a chama de uma lamparina,
Abrasando os ideais malês pelo tempo.

Continuei minha luta por outros cantos,
Caminhando por esse rincão muito se falou.
Há quem diga que contribui com as ciências,
Que influenciei manifestações culturais.
Tem quem diga que voltei para África,
E me tornei memória viva na casa da sabedoria.
De certo, só se sabe que virei poesia,
Com carinho de filho para mãe não esquecida
Para a negra, a mulher e a guerreira que há em mim,
Com amor Luís Gama, com amor meu Brasil,
Luiza Mahin!

O que a história não registra é que não importa o lugar onde descansou,
Luiza está lá na eternidade onde vivem Allah e os voduns,
Cultivando ideais e semeando a paz,
Luz para humanidade.

KOLOFÉ, LUIZA MAHIN!
SALAAM ALEIKUM, MALÊ!


  • Referências Bibliográficas

Artigos e publicações
FERRETTI, Sérgio Figueiredo. Revoltas de Escravos na Bahia em início do século XIX. Disponível em http://www.pppg.ufma.br/cadernosdepesquisa/uploads/files/Artigo%205(5).pdf. Acesso em 01/05/2017.
LIMA, Dulcilei da Conceição. Luiza Mahin: estudo sobre a construção de um mito libertário.
Disponível em http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.1043.pdf.  Acesso em 01/05/2017.
MELLO, Priscila Leal. Leitura, Encantamento e Rebelião: O Islã Negro no Brasil-Século XIX.
Disponível em http://www.historia.uff.br/stricto/td/1111.pdf. Acesso em 02/05/2017
PEREIRA, Alexandre José Vieira Machado. Revolta dos Malês Um Levante Islâmico no Brasil do Sec. XIX.
Disponível em http://encontro2008.rj.anpuh.org/resources/content/anais/1212959626_ARQUIVO_artigoanphu2008.pdf . Acesso em 02/05/2017.
REIS, João José. A Revolta dos Malês.
Disponível em http://educacao.salvador.ba.gov.br/adm/wp-content/uploads/2015/05/a- revolta-dos-males.pdf. Acesso em 02/05/2017
REIS, João José. O sonho da Bahia muçulmana.
Disponível em http://www.revistadehistoria.com.br/secao/dossie-imigracao- italiana/o-sonho- da-bahia-muculmana Acesso em 03/05/2017

  • Livros

REIS, João José. Rebelião Escrava no Brasil: A História do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
REIS, João José et al. O Alufá Rufino. Tráfico, Escravidão e Liberdade no Atlântico Negro (c. 1822- c. 1853). São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Idealização e Colaboração: Marcus Vinícius de Almeida
Carnavalesco: Marco Antônio Falleiros
Pesquisa/Texto: Diego Araújo


  • Glossário

glossario_alegria

Presidentes das escolas de samba de São Paulo são recebidos em Prefeitura de São Paulo

Os presidentes das escolas de samba afiliadas da Liga Independente das Escolas de São Paulo e representantes das baianas e velha guarda das agremiações foram recebidos pelo presidente da Câmera Milton Leite, durante mais de uma hora no prédio da prefeitura de São Paulo. O vereador, que está como prefeito em exercício, convidou os presidentes e o presidente da Liga SP, Paulo Sergio Ferreira, para tratarem de assuntos referentes ao carnaval. O objetivo principal foi ouvir as necessidades da Liga SP, de cada escola e aprimorar o conhecimento do poder público quanto as reivindicações do segmento.
Milton Leite, mais uma vez, reiterou seu compromisso, junto aos presidentes, de levar até a câmera projetos que beneficiem o Carnaval de São Paulo, com o intuito de preservar as escolas e a importância dos desfiles junto a cultura da cidade de São Paulo.
– Quero que vocês saibam, que meu compromisso com o samba está mantido. Sei das necessidades das escolas e da Liga SP e contem comigo junto ao poder público para conseguirmos avanços que beneficiem a todos que estão envolvidos na organização e na apresentação dos desfiles ao público – disse o vereador Milton Leite durante o encontro.
O Presidente da Liga SP, Paulo Sergio Ferreira, saiu do encontro entusiasmado. – Acreditamos no compromisso do vereador junto ao nosso segmento e sabemos que estamos bem representados na câmara e com certeza os projetos caminharão.
Ao final do encontro os representantes das escolas e presidentes, bem como o Presidente da Liga SP pousaram para foto junto ao Presidente da Câmara Municipal.

Cinco das 13 escolas de samba já têm enredo para 2018

BEIJA-FLOR 2017 / FOTO: DIVULGAÇÃO
Os tambores começam a rufar na Marquês de Sapucaí. Cinco das 13 escolas do Grupo Especial já anunciaram seus enredos para o carnaval de 2018. A mais recente foi o Salgueiro, que revelou em feijoada na quadra da agremiação, na Tijuca, no último domingo, que contará a história das matriarcas negras, sob o título de “Senhoras do ventre do mundo”.
— É algo que tem muito a ver com a história da agremiação, que sempre foi voltada para os valores da cultura negra. O Salgueiro foi uma das primeiras escolas a enaltecer uma mulher negra, Xica da Silva, em 1963 — destaca o carnavalesco Alexandre Louzada, que assumiu a vermelha e branca após 15 anos de reinado de Renato e Márcia Lage, agora na Grande Rio.
A Paraíso do Tuiuti também virá com um enredo com pegada africana: “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”. A ideia do carnavalesco Jack Vasconcelos, autor do tema, é usar como gancho os 130 anos da promulgação da Lei Áurea:
— Tenho a impressão de que a nova geração romantiza muito a questão da escravidão, acha que ficou no passado e que é uma coisa que pertence aos livros de história. As pessoas não percebem que está no nosso dia a dia. Vemos grandes empresas com nomes envolvidos em trabalho escravo, costureiras trabalhando por um prato de comida, fiscais resgatando pessoas em fazendas em condições subumanas de emprego.
Após homenagear Ivete Sangalo, a Grande Rio fará um tributo ao centenário de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, que será celebrado no dia 30 de setembro deste ano. O enredo será “Vai para o trono ou não vai?”
— Ele é um fenômeno da comunicação no Brasil, entre todas as classes sociais. Era irreverente, alegre, a imagem do carnaval — destaca Renato Lage, que, ao lado de Márcia Lage, estreará à frente da escola de Duque de Caxias.
Com a bênção de Leleco Barbosa, filho do velho guerreiro, os carnavalescos contarão a trajetória do comunicador, nascido na cidade pernambucana de Surubim, que chegou a cursar faculdade de medicina antes de aportar no Rio.
— Stepan Nercessian vai sair de Chacrinha — conta Lage, comentando o retorno de Juliana Paes ao posto de rainha de bateria da escola.
Já a São Clemente relembrará os 200 anos da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no enredo “Academicamente popular". A agremiação lembrará a chegada da missão artística francesa ao Rio (em 1816), que revolucionou o panorama das artes no Brasil, ao introduzir o sistema de ensino superior acadêmico.
— Dom João VI tinha o interesse de criar no Brasil uma atmosfera cultural e artística fundamentada nos conhecimentos neoclássicos. A Belas Artes foi criada para ser uma academia de formação cultural e intelectual do novo império — destaca o carnavalesco Jorge Silveira, que terá a missão de substituir Rosa Magalhães na escola de Botafogo.
A Imperatriz Leopoldinense também terá um enredo com inspiração artística: celebrará os 200 anos do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que integra a estrutura acadêmica da UFRJ e está localizado no Palácio de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista.
— Queremos levantar a questão de um patrimônio nacional que está meio esquecido. A imperatriz Leopoldina foi uma das grandes incentivadoras da construção desse museu, então tem tudo a ver com a escola — afirma o carnavalesco Cahê Rodrigues, que defende a escola desde 2013.
Segundo Rodrigues, o enredo oficial da Imperatriz será lançado no dia 12 de junho nos jardins do Palácio, na Quinta.