O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB),
garantiu nesta terça-feira (20) que os recursos do carnaval paulistano serão
mantidos na mesma ordem para 2018. O tucano participou de uma reunião em seu
gabinete com os prefeitos de oito cidades brasileiras, entre eles o do Rio de
Janeiro, Marcello Crivella, nesta tarde.
Apesar da verba para as escolas de samba estar garantida,
Doria disse que vai tentar diminuir ao máximo a participação da Prefeitura no
repasse.
"Vamos fazer um trabalho ainda mais intenso com o
setor privado. Ou seja, vamos suplementar os recursos que a Prefeitura tiver
necessidade de reduzir com o investimento privado. Ou seja, às escolas de samba
e à liga não faltará o recurso estimado e previsto. Pode mudar o carimbo. Em
vez de ser público, ser privado", explicou.
O prefeito afirmou que ainda não sabe quanto pretende
cortar dos gastos públicos, mas mostrou-se otimista em achar futuros parceiros
para dividir a conta.
"O carnaval de São Paulo é importante não só como uma atividade cultural e de lazer, mas é importante também como fator turístico. Ele gera receita para a cidade, demanda não só de pessoas do interior do estado para a capital, como de turistas que vem de outros países, além da movimentação dos próprios cidadãos que aqui estão e utilizam restaurantes, transporte, serviços, fantasias... enfim, há uma irrigação econômica grande", disse.De acordo com Doria, o aumento da participação da iniciativa privada e a consequente redução do investimento público vai "equalizar, garantir a realização do carnaval".O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, por sua vez, garantiu após a fala de Doria que não vai voltar atrás na decisão de cortar a verba do carnaval carioca. O repasse da Prefeitura da cidade às escolas de samba será reduzido pela metade no ano que vem.Segundo Crivella, a decisão pelo corte não tem a ver com questões religiosas, mas sim com responsabilidade fiscal. "Quando eu assumi, nós encontramos um déficit de R$ 3 bilhões no orçamento", justificou.