– Ele jogou para galera e esqueceu das famílias que vivem do carnaval. Pegou o ponto fraco, falando que vai tirar o dinheiro das escolas para dividir com as crianças. A escola de samba gera, durante todo o período antes e depois do carnaval, centenas de emprego. Temos necessidade de trabalhar o ano inteiro para o desenvolvimento do desfile. Todo mundo tem família necessitada. Vai tirar de um lado para dar para outro. Ele não foi feliz – afirmou Laíla, que prefere não acreditar em medida religiosa.
– O prefeito não seria tão louco de administrar uma cidade e ter problema de intolerância religiosa.
Laíla frisou que compareceu ao protesto como apaixonado pelo carnaval e levantou a bandeira da união entre todas escolas de samba e sambistas.
– Tenho muito para falar, mas estou mais comedido. Estou na minha. Não participo das reuniões e decisões e vim dar um apoio como sambista. O samba precisa se unir e saber qual é o caminho correto. Nós queremos uma cidade bonita e não gostamos de corrupção, entendeu prefeito? O sambista participa da festa através da sua emoção e muita das vezes todos esses componentes vão para escolas de samba cheios de problemas, sociais e de saúde. Tira o dinheiro dos grandes empresários e das empresas de ônibus. Não ataque as escolas de samba diretamente. Tem que ter decisão coerente da prefeitura. Não podemos fazer carnaval como estamos fazendo e o prefeito ainda quer tirar o que não deveria. Fica difícil – comentou.